A primeira proposta de resolução apresentada pelo estado de Sergipe foi na última quinta-feira, 29, durante a Plenária do Conselho Federal de Farmácia (CFF). O diretor-tesoureiro do CRF/SE, Fábio Ramalho, expôs a proposta de resolução para regulamentação da hipnose para a profissão Farmacêutica, visto que ainda não é considerada como atividade do farmacêutico, apesar de possuir diversas aplicações nas áreas de atuação deste profissional.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil é referência mundial na área de Práticas Integrativas e Complementares (PICS) na atenção básica. As PICS utilizam recursos terapêuticos comprovados cientificamente em tratamentos de prevenção e promoção da saúde. Fábio Ramalho conta sobre sua importância, “a hipnose é aplicada em várias situações, como ansiedade e dores. Sendo instrumento importante nos serviços farmacêuticos, como por exemplo, na contribuição para a redução de medicalização”.
Dessa forma, Ramalho também afirma que a proposta de resolução foi pensada para que no futuro haja um menor custo no tratamento do paciente, pois “expondo a menos medicamentos, consequentemente o paciente apresentará menos reações adversas e estará menos suscetíveis às interações medicamentosas”.
Segundo Fátima Aragão, Conselheira Federal de Sergipe, com a apresentação da proposta já foi dado um pontapé inicial. Trata-se de uma iniciativa que agrega nos serviços farmacêuticos. “A concretude de tudo isso vai ser em conformidade da aceitação da resolução, para pôr em prática mais uma atividade para o profissional”, afirma. A apresentação da resolução que foi marcada por elogios, passará por uma avaliação do CFF e em seguida será disponibilizada para consulta pública.
Na plenária estavam presentes a diretoria do Conselho Federal, demais colegas conselheiros, e diretores de outros estados brasileiros. “Precisamos avançar com melhores propostas e essa é a primeira de muitas que irão vir por aí”, Aragão anuncia esperançosa.
Com o sucesso da proposição de regulamentação da hipnose clínica, espera-se que os profissionais busquem qualificação e capacitação para que possam atuar com eficiência nesse campo. “Ela abre mais uma área de atuação para o profissional, assim fazendo com que o farmacêutico tenha mais um instrumento para buscar a recuperação da saúde das pessoas, tornando-se um profissional ainda mais importante na vida da população”, diz Ramalho.