No último final de semana aconteceu o I Simpósio de Ciências Farmacêuticas do Estado de Sergipe, evento promovido pelo Conselho de Farmácia em parceria com o Sindifarma, UNIT, SBRAFH/SE, SOBRAFO/SE, SBFC/SE e SBFFC, e apoiado pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), o Conselho Regional de Farmácia da Bahia (CRF/BA), Fecomércio e SEBRAE. Entre os dias 14 a 17 de agosto, estudantes e profissionais da área farmacêutica de Sergipe, e de outros estados brasileiros, puderam discutir e debater sobre as diversas faces da profissão.
Visitas técnicas, minicursos teóricos-práticos, palestras, debates, mesas redondas e apresentação de trabalhos científicos marcaram a programação do evento. Que contou com grandes nomes do atual cenário estadual e nacional das diversas áreas de atuação do profissional farmacêutico. Tendo como objetivo fundamental o reforço da importância da assistência farmacêutica de qualidade para a população e o alerta para a relevância do uso racional de medicamentos.
A troca de conhecimentos fora do ambiente acadêmico é uma experiência que soma na vida dos universitários, e acrescenta aprendizados na vivência dos profissionais. Oportunidades para estudantes e profissionais terem contato com a realidade do trabalho, e praticarem atividades corriqueiras da área foram oferecidas no primeiro dia do evento. As visitas técnicas foram realizadas em diversas Farmácias e Laboratórios de Análises Clínicas de Hospitais da capital sergipana, tais como, no Primavera, no São Lucas, assim como no Hospital Universitário de Sergipe (HU-UFS).
“É importante conhecer a rotina de trabalho de um farmacêutico hospitalar, assim como entender os processos logísticos e a atuação clínica. Já ter contato com a prática antes de ser um profissional formado ajuda nas futuras decisões”, destaca Jakcline Santos, farmacêutica do Hospital São Lucas e uma das monitoras da visita.
A visita ao Hospital São Lucas aconteceu para mostrar o processo e a realidade do trabalho diário dos farmacêuticos, começando pelos serviços logísticos (como por exemplo, emissão de notas fiscais e encaminhamento para setor de compras), passando pelo armazenamento dos medicamentos, Farmácia Clínica e em seguida a dispensação para os pacientes. E também teve a visita ao laboratório, havendo a experiência de conhecer o ambiente de diferentes setores que realiza exames bioquímicos, e urinálises. Além de análises bacteriológicas e hematológicas.
Para Fábio Ramalho, chefe do setor de Farmácia Hospitalar do HU e também diretor-tesoureiro do CRF/SE, as visitas de estudantes e profissionais são sempre bem vindas. Incluir como atividade durante o Simpósio foi uma ação inovadora e bastante enriquecedora. “A troca de experiências é sempre muito gratificante”, conta.
Minicursos
Com o propósito de que os farmacêuticos prestem serviços mais seguros e de qualidade para a população, o Simpósio também ofereceu minicursos teórico-práticos no segundo dia do evento, realizado na Universidade Tiradentes (Unit). O mini curso Treinamento de Habilidades Clínicas teve o objetivo de dar conhecimento ao profissional em relação a procedimentos a serem efetuados pelo profissional farmacêutico durante o cuidado aos pacientes.
A palestrante e farmacêutica Ana Paula de Oliveira, destaca a importância da relação do profissional com o paciente. “É necessário que o paciente entenda como utilizar os medicamentos corretos, assim como entenda sua doença e tenha entendimento da importância do seu tratamento”, afirma. O grande desafio, sobretudo, é tornar acessível o conhecimento sobre práticas habituais do processo. Ela revela que a dificuldade é grande, “cerca 90% dos meus pacientes não sabem utilizar dispositivos inalatórios”.
O curso de Primeiros Socorros foi incluído para atender uma demanda dos profissionais da área. “As pessoas esquecem que o farmacêutico também é profissional de saúde e quando acontece alguma situação sempre chamam enfermeiros ou outros profissionais”, diz o farmacêutico Dagmar da Costa.
