Resumo:
As doenças respiratórias são as principais causas da automedicação no Brasil. Somente a rinite atinge cerca de 25% dos adultos no Brasil e 20% da população mundial. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência do uso de descongestionantes nasais tópicos vasoconstritores por estudantes universitários, assim como seus riscos, dependências causadas e o modo como eles obtiveram esses medicamentos. Foram entrevistados 400 alunos durante o 1° semestre de 2017, nas proximidades das universidades da Baixada Santista; estes foram divididos entre as áreas de saúde e exatas. A amostra total foi de 400 alunos, sendo que 239 (59.75%) afirmaram já ter feito uso de algum tipo de descongestionante nasal tópico: 120 (60%) da área da saúde e 119 (59.5%) da área de exatas. Sobre o tempo de uso, 134 alunos (33.5%) afirmaram ter feito uso por menos de uma semana e 43 (10.75%) afirmaram ter feito uso frequente por mais de um ano. Entretanto, 168 alunos (70.3%) dos que já utilizaram alguma vez obtiveram o medicamento sem consultar um profissional da área da saúde. Concluímos que, entre os alunos que já utilizaram o medicamento alguma vez, não houve diferença significativa entre as duas áreas (p=0,91). No estudo foi observada a prevalência do uso desses medicamentos pelos estudantes. Constatamos que, majoritariamente, os entrevistados fazem uso da automedicação, indicando um sério problema de saúde pública em questão, devido às reações orgânicas secundárias ao uso do princípio ativo, o que mostra alta necessidade de maior conscientização sobre os riscos desses medicamentos no seu cotidiano.
O artigo foi apresentado no XIX Congresso Farmacêutico de São Paulo, realizado pelo CRF/SP. Para conferir o trabalho completo, acesse: https://drive.google.com/file/d/1XRtbMSQP1BQV2_oirPvyZUqBeA4rtTSj/view?usp=sharing