Ex-presidentes contam como surgiu o CRF/SE
CRF/SE COMEMORA 50 ANOS DE FUNDAÇÃO

 

O Conselho Regional de Farmácia de Sergipe (CRF) completa no dia 29 de outubro 50 anos. As cinco décadas foram marcadas pela passagem de 16 presidentes que ajudaram a construir a história do Conselho. Durante este mês você vai acompanhar a história da formação do CRF/SE e as principais conquistas para a consolidação dos cursos de Farmácia em Sergipe.


Antes da criação do Conselho Federal de Farmácia (CFF), os farmacêuticos se reuniam através de associações. Esta necessidade dos profissionais se unirem para discutir e defender suas atividades surgiu no século XII na Itália. Em 1913, surgiu a União Farmacêutica em São Paulo, a mais antiga sociedade profissional farmacêutica existente no Brasil. Logo depois em 1916, era fundada a Associação Brasileira de Farmacêuticos destinada a unir os profissionais de norte a sul do país.


Em Sergipe, a ex- presidente do CRF/SE Cezartina Regis de Amorim, foi responsável pela criação da Associação Farmacêutica na década de 60. "Ainda tive a oportunidade de conviver com Cezartina, que dedicou sua vida a profissão. Ela foi fundadora, tesoureira e presidente da Associação Farmacêutica", afirmou a farmacêutica Maria Anaide Freitas.


Cezartina iniciou suas atividades profissionais em 1911, sendo responsável técnica da Farmácia São José, no município de Estância. De acordo com a farmacêutica e ex-presidente do CRF/SE Maria Anaide, ela foi farmacêutica da penitenciária modelo do Estado, inspetora do departamento de saúde pública e lecionou no Instituto Federal de Sergipe (IFS). "Cezartina foi eleita naquela época por unanimidade como a primeira presidente deste conselho em 1962", relembra Anaide.


Maria Anaide Freitas Araújo também faz parte da lista dos primeiros presidentes do CRF/SE, natural do município de Lagarto, está no mercado de trabalho há mais de 50 anos. Cursou Farmácia no estado da Bahia, na Faculdade de Farmácia da Universidade Federal, em 1954.


Em 1966, foi eleita presidente da Associação Farmacêutica de Sergipe, e quatro anos depois foi eleita a presidente do CRF/SE. Também foi de grande importância para o ensino na Universidade Federal de Sergipe (UFS) sendo a fundadora dos cursos de Medicina, Odontologia, Enfermagem e Biologia da UFS. Ao longo dos 50 anos, o CRF/SE passou por duas sedes até a atual. Mas quem continua essa história é o ex-presidente Nilson Rocha.


Criação


O ex-presidente do CRF/SE, Nilson Rocha, ressalta que a história do Conselho começou na rua Arauá, centro de Aracaju. "Naquela época não havia funcionários, o Conselho era formado apenas pelo presidente, que também realizava as fiscalizações. Hoje já temos uma sede própria e uma pessoa destinada para fiscalizar", destaca Nilson.


O farmacêutico bioquímico ainda relembra que por ser muito pequeno, o Conselho Regional de Farmácia da Bahia (CRF/BA) tinha a intenção de incorporar o CRF/SE, mas não encontrava argumentos porque as contas auditadas em Sergipe eram todas dentro das normas do Conselho Federal de Farmácia (CFF).


Depois da rua Arauá, o CRF/SE ganhou nova sede no Edifício Cidade de Aracaju, com três salas, localizado no Calçadão João pessoa, Centro. Aos poucos o Conselho foi crescendo e aumentando o número de associados. "O Conselho foi crescendo, não com os farmacêuticos sergipanos, pois eram poucos, e sim com a vinda de profissionais de outros estados, a exemplo da Paraíba, pois aqui ainda não existia o curso de Farmácia", acrescenta Nilson Rocha.

 

Um dos marcos importante para o farmacêutico Nilson Rocha foi a conquista de uma máquina de mimeografo. "Uma grande conquista nossa foi o mimeografo, naquela época não havia xérox, e a máquina era a melhor tecnologia da época", conta.

 

22/10/2012 16:21
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