O estado de Sergipe tem mais uma opção para formação acadêmica em Farmácia. A Faculdade de Aracaju (Facar) deu início à sua primeira turma neste primeiro semestre de 2015, trazendo uma visão diferente, mais voltada à contribuição social. O prof. Marcos Rios, coordenador do curso, explicou como é o trabalho feito no curso.

Ascom CRF/SE - Qual a proposta do curso de farmácia da FACAR?

Marcos Rios - Estamos preparando o curso com foco no cuidado ao paciente. O farmacêutico tem diversas áreas de atuação, todas elas vistas durante o curso, mas a nossa ideia é sempre com o pensamento voltado para o receptor deste insumo terapêutico. Como costumamos dizer, é um processo de humanização do tratamento farmacêutico.

Outro foco do curso é preparar o estudante para o Sistema Único de Saúde (SUS). É uma questão de responsabilidade social: a maioria dos alunos é financiada pelo governo, então é uma forma de retribuir à sociedade.

Ascom CRF/SE - Qual o diferencial do aluno que fizer este curso no mercado de trabalho?

Marcos - Os nossos professores tem uma vivência acadêmica, que dão um respaldo para os alunos na transmissão do conhecimento, mas também tem uma visão prática sobre o que é exigido do farmacêutico no mercado de trabalho. O profissional formado aqui terá essa percepção ampla do que acontece na sua área de atuação, juntamente com o tratamento humanístico que queremos passar. Esta é a nossa concepção de trabalho.

Ascom CRF/SE - Qual é a importância de se ter apenas farmacêuticos ministrando as aulas?

Marcos - A nossa ideia é que os professores escolhidos, além da capacidade acadêmica, que é essencial, tenham também a experiência de mercado. As pessoas selecionadas para compor o corpo docente tem a titulação de mestres, mas estão também atuando na assistência farmacêutica, trazendo a realidade do mercado para os alunos.

Ascom CRF/SE - Como tem sido o progresso dos alunos até então?

Marcos - Nossa turma é muito recente, com apenas algumas semanas de aula, então preferimos trabalhar lentamente. Primeiramente houve um acolhimento, uma explicação básica sobre o que é o curso de farmácia, para que se elimine qualquer tipo de deturpação do pensamento sobre a atuação do farmacêutico. O trabalho foi feito no sentido de desmistificar algumas coisas, e estas primeiras aulas estão sendo bastante esclarecedoras para tal.

Ascom CRF/SE - A faculdade oferece algo em nível de pesquisa e extensão?

Marcos - Como somos uma faculdade, não existe a obrigatoriedade de programas de extensão. Entretanto, temos propostas diferentes em relação a isso. Estão sendo formulados alguns projetos para os alunos do primeiro período, criando desde o início um estímulo para os discentes. Nosso foco na criação destes programas é sempre de cunho social, pensando na integração do farmacêutico com a sociedade, inclusive com uma visão multiprofissional, congregando o nosso trabalho com a da equipe de enfermagem da instituição.