Em entrevista, a Conselheira Federal, Vanilda Aguiar, analisou o atual contexto da Farmácia no Estado de Sergipe.
ASCOM - O que o Conselho Federal está fazendo pela classe nesse momento em que tramitam ações judiciais que podem mudar com o mercado de trabalho do farmacêutico?
Vanilda Aguiar - Trabalhando muito. A atual diretoria do CFF, no início de 2.014, teve uma sábia decisão. Tomou a dianteira na busca do fortalecimento da profissão farmacêutica. Viu que, de maneira fragmentada, a categoria não seria forte o bastante para enfrentar os inúmeros desafios que se postam à nossa frente. Ajudou a instituir o “Fórum Nacional de Valorização da Profissão Farmacêutica” e os consequentes fóruns estaduais. Todos os segmentos unidos darão mais força contra aqueles que querem fragilizar a Farmácia brasileira, em especial, o comércio varejista, que quer que um técnico tenha condições de assumir a responsabilidade técnica da farmácia e drogaria.
Queremos sim, caminhar ao encontro da legislação que preconiza a assistência farmacêutica plena e a farmácia como estabelecimento de saúde.
A - Você visitou a bancada sergipana na Câmara dos Deputados. Como foi essa visita e de que forma os deputados vão ajudar a categoria?
V.A. - Foi uma verdadeira peregrinação entre a Câmara de Deputados e o Senado Federal, onde buscamos apoio político para ajudar na votação. Conversamos pessoalmente com quase todos os deputados federais do estado de Sergipe, nos surpreendeu a receptividade dos congressistas que inclusive ajudaram e fizeram encaminhamentos para que se viabilize a votação positiva da subemenda. Acredito no bom senso de nossa bancada e que confirmem com o voto a favor do farmacêutico brasileiro e em especial os que atuam em Sergipe.
A - A PL n. 4385/1994 ainda não foi votada, de que forma o CFF está trabalhando para que a pauta seja colocada em votação?
V.A. - É bem verdade que líderes do Governo querem a matéria votada até o meio deste ano. O CFF, em total consonância com o que foi acordado no Fórum Nacional, estará defendendo a aprovação da “Subemenda Aglutinativa Global de Plenário”, texto esse construído com a participação de representantes das entidades farmacêuticas durante reunião específica do Fórum Nacional. Entendemos que a subemenda é uma resposta das entidades farmacêuticas àquele texto retrógado proposto pela ex-senadora Marluce Pinto, em 1.994.
Fazer da farmácia um estabelecimento de saúde e uma atividade de interesse social, e não apenas um comércio lucrativo, é tarefa de todos nós! O lucro desenfreado baseado em práticas comerciais abusivas não pode se sobrepor aos preceitos éticos que a atividade requer. O cidadão precisa ser respeitado em seus direitos fundamentais, e à farmácia cabe o papel de estabelecimento sanitário, irradiador de noções básicas de cuidado com a saúde e de promoção do uso racional de medicamentos.
A - Como você avalia a campanha de valorização do Farmacêutico promovida pelo Conselho Regional de Farmácia de Sergipe?
V.A. - Tem sido uma grande conquista para nós, ao verificarmos que os farmacêuticos sergipanos estão unidos contra essa tentativa de enfraquecer a nossa profissão. E que a população tem nos apoiado e reconhecido nossa importância. A população sergipana está ao nosso lado!
A - Que mensagem você deixa aos farmacêuticos sergipanos nesse momento tão delicado que vive a categoria?
V.A. - Que não desanime em momento nenhum. Que acredite no poder do convencimento e na importância do papel do farmacêutico junto à sociedade. A categoria, de maneira coesa, tem trabalhado junto aos nossos representantes no Congresso Nacional e atuando juridicamente em defesa de nossos direitos. Tamanha dificuldade por nós enfrentada neste momento serviu de motivo para que entendêssemos que devamos caminhar unidos. Continuaremos fortes. Até a vitória!