Conselheira Federal avalia ano de 2013

O ano de 2013 foi marcado pela valorização do profissional farmacêutico de várias maneiras. Da prescrição farmacêutica às discussões construtivas geradas no III Congresso de Farmácia e Análises Clínicas em Sergipe, a Conselheira Federal, Vanilda Aguiar, responde sobre as vitórias conquistadas pela categoria farmacêutica sergipana.


ASCOM/CRF - O que faz a presença do farmacêutico ser tão importante no SUS? Como o CRF/SE luta por esse direito para a classe?


VANILDA AGUIAR - Temos que ter um olhar mais abrangente sobre a participação do farmacêutico no SUS. Desde a sua instituição na Constituição Federal de 1988, o farmacêutico e, principalmente, o farmacêutico-bioquímico e o farmacêutico hospitalar participam das estratégias voltadas a uma melhor assistência à saúde. O que se quer, em verdade, é estruturar e qualificar a assistência farmacêutica no SUS no que concerne às unidades de dispensação de medicamentos com ênfase à atenção básica à saúde. De maneira que, o que queremos pode ser apresentado quando nos reportamos à Nota Técnica Conjunta assinada pelo Ministério da Saúde, Conass e Conasems, com relação à qualificação da assistência farmacêutica:


“Construir o real significado da assistência farmacêutica e a sua inserção na atenção à saúde, exige dos gestores do SUS compromissos sérios com a estruturação e a qualificação dos serviços farmacêuticos e sua necessária articulação multiprofissional e intersetorial. Neste contexto, os farmacêuticos precisarão estar preparados para suprir as necessidades do sistema de saúde com conhecimentos e competências que viabilizem a implementação da assistência farmacêutica como uma política de saúde. Conhecer e articular os componentes do sistema de saúde com a função de gestão, de planejamento e de avaliação da assistência farmacêutica, é fundamental para a promoção do acesso aos medicamentos com uso racional. Portanto, a inserção do profissional farmacêutico passa a ser uma necessidade e o seu papel, como profissional responsável pelo uso racional e resolutivo dos medicamentos, assume caráter fundamental para a atenção à saúde, entendida em toda a extensão do princípio da integralidade das ações de saúde”.


E isto vale para todos os estados brasileiros, incluindo logicamente o nosso Estado. O CRF-SE e demais representações farmacêuticas em Sergipe luta para que este objetivo possa ser plenamente alcançado, no mais curto espaço de tempo.

 

A - De que maneira a prescrição farmacêutica valoriza o profissional?


V - Mais que valorização, a prescrição farmacêutica tornou-se um grande desafio para os farmacêuticos brasileiros. Vencida a primeira batalha com a medicina, o CFF, em parceria com os Conselhos Regionais de farmácia, prepara estratégias voltadas á qualificação universal do farmacêutico e á consolidação dessa prática no seio da categoria. Devemos sempre considerar que o CFF, ao regular a prescrição farmacêutica, o faz em consonância com as tendências de maior integração da profissão farmacêutica com as demais profissões da área da saúde, reforça a sua missão de zelar pelo bem-estar da população e de propiciar a valorização técnico-científica e ética do farmacêutico.


A – Em linhas gerais, o que representou o III Congresso de Farmácia e Análises Clínicas de Sergipe? Qual foi o maior benefício proporcionado pelo evento?


V - Primeiramente, agradeço a presença de todos os estudantes e profissionais que prestigiaram o Congresso e contribuíram para o sucesso dele.  A realização de eventos científicos desse porte evidencia o crescimento constante da Farmácia e das Análises Clínicas no Estado de Sergipe, assim como o interesse da categoria em aprofundar os conhecimentos. O CFAC de 2013 trouxe diversidade de assuntos tratados, engrandecendo a área da farmácia. Também proporcionou a troca de experiências entre os participantes, já que o encontro de pessoas de lugares variados permite o conhecimento de diferentes realidades.


A – Com a reeleição, quais são os principais desafios para o novo mandato? E o que o farmacêutico sergipano pode esperar?


V - Embora não me descole nunca das questões do meu Estado, a representação no plano federal faz com que minha luta seja como a maioria dos demais representantes dos outros estados no Plenário do CFF. Existem objetivos concretos. Posso aqui citar alguns deles, talvez os mais representativos para a categoria farmacêutica, a saber: participação da reestruturação e organização da assistência farmacêutica nos municípios brasileiros; apoio à necessidade premente da atualização pelo MS da tabela de procedimentos no que concerne às análises clínicas; luta pela aprovação pelo Congresso Nacional da jornada de trabalho de até 30 horas semanais e do piso salarial nacional para os farmacêuticos; pela inserção definitiva do farmacêutico nas estratégias, planos e programas do SUS.


A – Que mensagem a Senhora deixa para os farmacêuticos do Estado?


V - Queria, antes de tudo, agradecer imensamente a todos os colegas farmacêuticos de Sergipe que me concederam a honra de continuar representando-os, como conselheira federal, no Plenário do Conselho Federal de Farmácia. Saibam todos que não medirei esforços no sentido de continuar lutando pela nossa profissão e pelos anseios maiores dos farmacêuticos sergipanos.

16/12/2013 16:54
Acessibilidade Contraste Mapa do Site Voltar ao Topo