Com reajuste de até 5,06%, medicamentos ficarão mais caros em abril
A partir da próxima terça-feira, 1º, os preços dos medicamentos no Brasil poderão sofrer reajustes, conforme determinação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). As empresas farmacêuticas têm até esta segunda-feira, 31, para enviar os novos valores à CMED (Câmara de Regulação de Medicamentos), seguindo o procedimento anual de atualização.
Percentual médio de 3,48%
Embora o reajuste oficial ainda não tenha sido divulgado pela CMED, o Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos) estima que o aumento varie entre 2,60% e 5,06%, com uma média de 3,48%. A variação depende da concorrência no mercado: medicamentos com maior oferta, como genéricos e similares sem patente, tendem a ter ajustes menores devido aos preços mais competitivos. Já remédios patenteados ou com poucas alternativas podem ter reajustes próximos ao teto.
Política de teto de preços e descontos
A regulação atual, estabelecida pela Lei 10.742/2003, define um limite máximo (teto) para os preços, mas permite que o mercado pratique descontos. Por isso, o valor final ao consumidor pode variar entre farmácias. “Nesse modelo, são os fornecedores que definem os preços, respeitando os limites legais”, explicou a Anvisa em nota divulgada nesta sexta-feira, 28. A agência reforçou que o reajuste não é uma decisão do governo federal, mas parte do mecanismo legal de atualização anual.
Entenda o critério
O cálculo do reajuste considera fatores como inflação e custos de produção. Em 2023, o aumento ficou em 5,06%, mas, neste ano, a expectativa é de um percentual menor, refletindo a desaceleração econômica. A CMED deve publicar a tabela oficial com os novos valores após análise das propostas das empresas. Enquanto isso, consumidores podem pesquisar preços, já que descontos seguem permitidos.
Fonte: CFF