Instituto Nacional de Câncer (Inca) projeta mais de 704 mil casos novos da doença entre 2023 e 2025
A ESPECIALIDADE DE FARMÁCIA ONCOLÓGICA É OFICIALMENTE RECONHECIDA PELO CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA (CFF) E DEVIDAMENTE REGISTRADA NO MINISTÉRIO DO TRABALHO

No triênio 2023-2025, o Brasil projeta alcançar a preocupante marca de 704 mil novos casos de câncer anualmente, com ênfase nas regiões Sul e Sudeste, que abrigarão aproximadamente 70% da incidência da doença, conforme previsto pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). De acordo com o levantamento, o tipo de câncer mais comum no país é o de pele não melanoma, representando 31,3% do total de casos, seguido por câncer de mama feminino (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).

O Ministério da Saúde enfatiza que o câncer não possui uma única causa, sendo influenciado por diversas variáveis, tanto externas (relacionadas ao ambiente) quanto internas (como hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas). Estima-se que entre 80% e 90% dos casos estejam associados a fatores externos, destacando-se as alterações promovidas no ambiente pelo ser humano, além de hábitos e estilo de vida que podem contribuir para o aumento do risco.

O farmacêutico na oncologia

Nos hospitais oncológicos, o farmacêutico atua em diversas frentes do processo de utilização de medicamentos. Gustavo Pires, conselheiro federal de Farmácia pelo Paraná e secretário-geral do CFF, destaca que “é ato privativo do farmacêutico o preparo dos antineoplásicos, visando a preservar as características do produto e a sua segurança para o paciente”. A atribuição está definida na Resolução CFF nº 640/2017, tendo sido reiterada em decisões judiciais.

A 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região proibiu, por unanimidade, que os enfermeiros possam manipular medicamentos quimioterápicos e antineoplásicos. A decisão, de dezembro de 2018, julgou procedente a apelação apresentada pelo CFF contra a Resolução 257/01, do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), que conferia aos enfermeiros a atividade de preparar medicamentos.

O diretor ressalta que o farmacêutico tem a responsabilidade não só de entregar um medicamento dentro do melhor padrão de qualidade, mas também acompanhar o seu uso, garantindo o melhor resultado possível no tratamento: “dentro da equipe multidisciplinar, somos mais um profissional para evitar que o paciente sofra danos, seja por algum efeito indesejado que possa ser evitado ou erro de medicação. Assim, a etapa da validação da prescrição é fundamental”.

Além disso, os farmacêuticos especializados em oncologia realizam o acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes ambulatoriais, que são aqueles que retiram o medicamento quimioterápico de uso oral na instituição e o utilizam em casa. O propósito é incentivar a adesão ao tratamento e garantir o uso racional e seguro do medicamento, visando assim obter os melhores resultados terapêuticos.

A especialidade de Farmácia Oncológica é oficialmente reconhecida pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) e devidamente registrada no Ministério do Trabalho, englobando duas outras áreas de atuação: Atenção Farmacêutica em Oncologia e Farmacêutico Clínico em Oncologia. O farmacêutico especializado em oncologia possui competência para atuar em todas as três áreas.

29/11/2023 13:50
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