Em virtude da pandemia da Covid-19, existe um grande desafio em relação aos serviços das farmácias. Ao mesmo tempo que as unidades de saúde ganharam protagonismo, os farmacêuticos se destacam por serem profissionais altamente expostos aos riscos de contaminação e disseminação da infecção causada pelo novo coronavírus. Nesse sentido o Conselho Regional de Farmácia de Sergipe (CRF/SE) com o apoio do Sindicato dos Farmacêuticos de Sergipe (Sindifarma-SE) continua as atividades de fiscalização orientativa, de acordo com a RDC nº 684 do Conselho Federal de Farmácia (CFF).

“A fiscalização orientativa objetiva fiscalizar as condições de trabalho aos quais os farmacêuticos estão submetidos neste período de pandemia e não fiscalizar o exercício profissional, como é preconizado pela legislação”, explica Larissa Carvalho, tesoureira do CRF/SE. “Precisamos garantir que o farmacêutico esteja minimamente protegido”, reitera Daniela Ferreira, presidente em exercício do Sindifarma-SE. 

As visitas buscam assegurar que as farmácias de rede, farmácias independentes e serviços hospitalares cumpram as medidas de proteção aos farmacêuticos e demais funcionários como preconiza a Nota Técnica Conjunta Nº 02/2020 - PGT/CODEMAT/CONAP do Ministério Público do Trabalho. “Realizamos algumas visitas para averiguar a aplicação integral da NR 6, que dispõe sobre o fornecimento de EPIs”, destaca Daniela Ferreira.

Com pouco mais de 15 dias em atividade, as fiscalizações orientativas já somam em torno de 70 estabelecimentos entre Aracaju e grande Aracaju. A tesoureira do CRF/SE conta que as ações estão sendo bem recebidas pelos colegas. “Vemos que a nossa luta não pode parar para que consigamos acompanhar, o máximo possível, as condições dos colegas em seus trabalhos”, afirma Larissa Carvalho. E acrescenta a satisfação em encontrar bons resultados, “temos visto várias farmácias cumprindo as medidas de precaução, apesar de nos esbarrar em algumas que não estão, sempre orientamos de forma segura para a exposição aos riscos”. 

“Temos que continuar atentos e incisivos para que a lei se faça cumprir. Pedimos aos farmacêuticos e a toda população para que não se calem! Denunciem e façam cumprir seus direitos”, apela a presidente em exercício do Sindifarma-SE, Daniela Ferreira.