Farmácia Hospitalar ainda está crescendo em Sergipe


Os profissionais farmacêuticos possuem 76 áreas de atuação. Uma das áreas que vem crescendo em Sergipe é a Farmácia Hospitalar que lida com a compra, distribuição e a manipulação do medicamento.


O farmacêutico José Barreto Cruz Nogueira trabalha há 18 anos no Hospital Universitário e conta que uma das principais dificuldades na área é lidar com o sofrimento dos pacientes. "É um desafio trabalhar nessa área, pois lidamos diariamente com o sofrimento. Por outro lado sinto prazer em poder ajudar o próximo naquilo que escolhi como profissão", afirma.


De acordo com Barreto, o farmacêutico hospitalar seleciona, compra e distribuí a medicação dentro do hospital. A distribuição pode ser coletiva ou em dose unitária. Além do controle de gestão da farmácia, o profissional manipula o medicamento quimioterápico para o tratamento do câncer.


Outro setor de atuação do farmacêutico no hospital é na área clínica, através do acompanhamento farmacoterapêutico. "O profissional vai até o leito com a receita e conversa com o paciente para saber se ele está tomando a medicação nos horários corretos, ou se houve alguma reação", explica.


Segundo Barreto, pesquisas apontam que o paciente quando vai à uma consulta 75% do interesse é no diagnóstico da doença, sendo 20% prognóstico que é sobre como ele vai ficar depois do tratamento. E apenas 5% da atenção é para o medicamento, que muitas vezes é o mais importante para a recuperação do paciente.


"Às vezes ele sai do médico sem saber como tomar a medicação, sendo que ele precisaria de uma consulta farmacêutica para saber como tomar o medicamento de forma correta. Na consulta o profissional vai observar o comportamento do paciente em relação ao medicamento, o que seria o complemento da cura" destaca.


Mercado


A desvalorização profissional nos hospitais público é o principal desafio no mercado sergipano. "O mercado tem tudo para se expandir, mas a presença do farmacêutico no hospital ainda é desvalorizada. Nos grandes centros temos um farmacêutico para cada 10 leitos. Já aqui no Hospital Universitário são 124 leitos e apenas dois farmacêuticos para realizar a assistência farmacêutica", ressalta.


Barreto ainda afirma que o mercado precisa mudar o olhar em relação ao farmacêutico, pois muitos acham que o profissional só está no hospital para cumprir a legislação. Já temos hospitais privado no Estado com quatro farmacêuticos. O MEC tem uma visão distorcida da quantidade de farmacêuticos necessários. Existe um mercado latente que em breve fornecer muitos empregos e por isso ele deve começar a se preparar estudando sempre", disse.


No Brasil, a área vem crescendo porque o farmacêutico tem conseguido melhorar as compra de medicamentos com o preço reduzido. "Quando você consegue fazer esta mudança no corpo clínico você consegue avançar mostrando a importância do profissional farmacêutico", afirma.