10 MITOS E VERDADES SOBRE A VACINAÇÃO


 

Nas últimas semanas, o Ministério da Saúde vem demonstrando preocupação com casos de doenças que podem ser prevenidas através da vacinação, tais como sarampo, poliomielite e catapora. Além disso, várias notícias falsas são divulgadas diariamente sobre a temática, difundindo informações incorretas sobre o uso das vacinas. Portanto, lembramos da importância de obter informações através de fontes seguras e confiáveis e trouxemos 10 mitos e verdades sobre a vacinação, a fim de reforçar a importância dessa ação.

 

 

1. Vacinas podem causar efeitos colaterais.

VERDADE - Toda vacina pode provocar reações indesejáveis, como manchas e coceira na pele, inchaço nos lábios e nas pálpebras, dificuldade para respirar, dor ou inflamação no local da aplicação. No entanto, vale lembrar que as vacinas são muito seguras e a maioria das reações são pequenas e temporárias. Eventos graves de saúde são extremamente raros e cuidadosamente monitorados e investigados. Embora qualquer lesão grave ou morte causada por vacinas seja muito relevante, os benefícios da imunização superam em muito o risco, considerando que muitas outras lesões e mortes ocorreriam sem ela. Portanto, diante de qualquer sintoma anormal advindo da vacinação, procure sempre um profissional da saúde.

 

2. Para doenças que nem sempre são severas, como catapora, a vacinação não é necessária.

MITO - Todas as doenças infecciosas preveníveis por vacinação são potencialmente graves, com registro de hospitalizações, sequelas ou óbitos, mesmo a catapora.

 

3. Gestantes, bebês e pessoas imunodeprimidas (pacientes com aids, que passaram por transplante, em tratamento oncológico, entre outros) nunca devem ser vacinados.

MITO - Algumas imunizações, sobretudo aquelas feitas com vírus vivos atenuados, como a vacina contra a varicela, o sarampo e a febre amarela, podem ser contraindicadas para essas pessoas. No entanto, existem outras vacinas, como a da gripe, da pneumonia e do tétano - produzidas por vírus ou bactérias inativados -, que são indicadas e seguras mesmo para pessoas com o sistema imune debilitado. Se você estiver nessas condições, consulte um profissional e veja quais vacinas tomar.

 

4. O mercúrio contido nas vacinas faz mal à saúde.

MITO - O mercúrio é usado como conservante, sempre em pequenas quantidades, nos frascos que contêm várias doses de vacinas. O objetivo é evitar a contaminação por fungos, bactérias e outros microrganismos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a utilização desse conservante por considerar o mercúrio seguro e não cumulativo, já que o organismo o elimina rapidamente após a aplicação da vacina.

 

5. Uma melhor higiene e saneamento farão as doenças desaparecerem – vacinas não são necessárias.

MITO - As doenças que podem ser prevenidas por vacinas retornarão caso os programas de imunização sejam interrompidos. Uma melhor higiene, lavagem das mãos e uso de água limpa ajudam a proteger as pessoas de doenças infecciosas. Entretanto, muitas dessas infecções podem se espalhar, independente de quão limpos estamos. Se as pessoas não forem vacinadas, doenças que se tornaram raras, como a poliomielite e o sarampo, reaparecerão rapidamente.

 

6. Vacinas causam autismo.

MITO - Um estudo apresentado em 1998, que levantou preocupações sobre uma possível relação entre a vacina contra o sarampo, a caxumba e a rubéola e o autismo, foi posteriormente considerado seriamente falho e o artigo foi retirado pela revista que o publicou. Infelizmente, sua publicação desencadeou um pânico que levou à queda das coberturas de vacinação e subsequentes surtos dessas doenças. Não há evidência de uma ligação entre essa vacina e o autismo/transtornos autistas.

 

7. As doenças evitáveis por vacinas estão quase erradicadas em meu país, por isso não há razão para me vacinar.

MITO - Embora as doenças evitáveis por vacinação tenham se tornado raras em muitos países, os agentes infecciosos que as causam continuam a circular em algumas partes do mundo. Em um mundo altamente interligado, esses agentes podem atravessar fronteiras geográficas e infectar qualquer pessoa que não esteja protegida. Desde 2005, por exemplo, na Europa Ocidental ocorrem focos de sarampo em populações não vacinadas (Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Itália, Espanha, Suíça e Reino Unido). Dessa forma, as duas principais razões para a vacinação são proteger a nós mesmos e também as pessoas que estão à nossa volta. Programas de vacinação bem-sucedidos, assim como as sociedades bem-sucedidas, dependem da cooperação de cada indivíduo para assegurar o bem de todos. Não devemos apenas confiar nas pessoas ao nosso redor para impedir a propagação da doença; nós também devemos fazer tudo o que pudermos.

 

8. Pessoas alérgicas a ovo não devem tomar vacina contra gripe.

VERDADE - No processo de produção das vacinas contra a gripe existe uma etapa em que os vírus crescem em ovos embrionados e isso pode levar partes proteicas dos ovos para a vacina. Em alguns casos de pessoas muito vulneráveis à gripe, porém, o médico pode indicar a vacinação mesmo com risco de alergia. Nesses casos, a vacinação deve ser feita por um centro de saúde especializado.

 

9. Tomar a mesma vacina duas vezes não faz mal.

VERDADE - Se você não lembra se foi imunizado contra alguma doença e perdeu sua carteirinha de vacinação, recomenda-se procurar um centro de imunizações.

 

10. É melhor ser imunizado por meio da doença do que por meio de vacinas.

MITO - As vacinas interagem com o sistema imunológico para produzir uma resposta imunológica semelhante àquela produzida pela infecção natural, mas não causam a doença ou colocam a pessoa imunizada em risco de possíveis complicações. Em contraste, há um preço a ser pago pela imunidade adquirida apenas por meio de uma infecção natural: deficiência intelectual oriunda do Haemophilus influenzae tipo b (Hib), defeitos congênitos da rubéola, câncer hepático provocado pelo vírus da hepatite B ou morte por sarampo.

 

É importante lembrar que o farmacêutico é um dos profissionais de saúde autorizados a atuar na imunização, portanto, quando possível, consulte um farmacêutico!

 

Fontes: Sites do Hospital Sírio-Libanês e Ministério da Saúde.