A automedicação pode causar sérios riscos de saúde ao paciente. O hábito de recorrer à farmácia quando surge uma dor de cabeça, febre ou dor no corpo é frequente, mas o uso inadequado desses medicamentos pode ocasionar efeitos colaterais e reações alérgicas.
A farmacêutica, especialista em Farmacologia Clínica, Alexsandra Sousa Gomes alerta que a automedicação é incentivada na maioria das vezes por amigos e vizinhos. "Este comportamento de procurar a farmácia mais próxima através de incentivos para compra de medicamentos pode parecer simples, porém causa sérias consequências como a intoxicação e até a morte", explica a farmacêutica.
Uso de vários medicamentos sem receita médica pode gerar uma combinação errada. Segundo Alexsandra, a interação inadequada de medicamentos pode anular ou potencializar o efeito do outro provocando o agravamento da doença. A farmacêutica recomenda sempre consultar o médico e evitar a automedicação.
De acordo com Alexsandra, que também é secretária geral do Conselho Regional de Farmácia de Sergipe (CRF), os analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios são os responsáveis pela maioria das intoxicações. A farmacêutica ainda explica que o uso abusivo dos antibióticos pode criar sérios problemas. "O grave problema da resistência bacteriana é fruto do uso indiscriminado dos antibióticos, pois quando usado de forma inadequada compromete a eficácia dos medicamentos", orienta Alexsandra.
Riscos
Os antibióticos são medicamentos desenvolvidos a partir de bactérias benignas, fungos ou elementos sintéticos que são produzidos em laboratórios com o intuito de combater microorganismos que causam infecções. O uso incorreto pode ocasionar uma resistência bacteriana e agravar o tratamento, por isso esses medicamentos só devem ser ingeridos sob prescrição médica.
O farmacêutico deve orientar os pacientes no ato da dispensação. "Esses medicamentos a base de antimicrobianos só podem ser dispensados mediante apresentação e retenção da receita médica. Além disso, o farmacêutico deve informar ao paciente quanto ao uso correto desses medicamentos", orienta Alexsandra.