Interação medicamentosa: Um perigo real e desconhecido

Para a população associar remédio com substâncias é comum, mas segundo especialista deve ser evitado.


É comum ver pessoas associando medicamentos e outras substâncias no tratamento de diversos sintomas como dores de cabeça, dores estomacais, resfriados, gripe, entre outros, mas o que elas não sabem é que existem sérios riscos para saúde na combinação de varias substâncias medicamentosas ou não. As chamadas interações medicamentosas surgem quando há a interferência no medicamento causada por uma substância, seja ela alimentar, alcoólica /ou medicamentosa, além das plantas medicinais.

Para o farmacêutico e doutorando Carlos Adriano Santos Souza, os riscos da automedicação e da interação medicamentosa são extremamente sérios e que devem ser observados com bastante cuidado. Carlos destacou ainda as interações menos conhecidas e que acontecem com muita frequência em Sergipe por conta da automedicação. “Hoje em dia temos interação do medicamento com alimento, com fitoterápico, com planta medicinal. Em Aracaju, mais de 50% da população utiliza plantas medicinais, então deve ser tomado o máximo de cuidado”, explicou Carlos.

No cotidiano, é comum conhecer pessoas que por diversas vezes evitam o uso do álcool por estar tomando algum tipo de remédio. Não é por acaso que essa informação viralizou entre as pessoas e tornou-se um hábito para a população não associar o álcool com medicamentos. De fato quando associados, o álcool tende a inibir ou potencializar o efeito produzido pelo medicamento no paciente. “Se você tomar a bebida alcoólica e tomar determinado medicamento pode também diminuir o efeito e o resultado não será o esperado”, completou Carlos.

 Medicamento x Alimentação

 

A interação menos conhecida pela população e consequentemente a mais ignorada é associação de substâncias medicamentosas com alimentos, sejam eles líquidos ou sólidos. De acordo com o farmacêutico Carlos Adriano, deve ser evitado o uso com alimentos, principalmente suco e leite, por afetarem diretamente em algumas substâncias medicamentosas.  Então, a melhor opção quando houver é buscar orientação profissional e evitar o risco de adquirir sérios problemas. “O melhor a se fazer e ingerir a medicação com água”, complementou Carlos Adriano.