Boletim Farmacoterapêutica recebe reconhecimento internacional


Editado pelo Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos do Conselho Federal de Farmácia (Cebrim/CFF) desde 1996, o boletim Farmacoterapêutica acaba de ser aceito como membro pleno (full member) da International Society of Drug Bulletins (ISDB). Fundada em 1986, a ISDB é uma rede mundial de boletins e revistas científicas sobre medicamentos e terapêutica, financeira e intelectualmente independentes da indústria farmacêutica. Parceira de outras organizações internacionais como a própria OMS e a Ação Internacional pela Saúde (AIS), tem, como membros, universidades, organizações não governamentais e governamentais e pesquisadores de renome em Saúde Pública, Farmácia e Medicina, de todos os continentes.

Ser membro da ISDB é importante reconhecimento internacional ao trabalho do CFF e do Cebrim, tanto no que se refere a essa produção de informação quanto na área de promoção do uso racional de medicamentos. A avaliação é do farmacêutico Rogério Hoefler, editor-chefe do boletim Farmacoterapêutica e membro do Conselho Editorial responsável pelo informativo, junto com Alessandra Russo de Freitas, Jardel Corrêa de Oliveira, Marcus Tolentino Silva e Rosângela Caetano. O informativo conta, ainda, com um grupo de 23 editores de revisão. (Clique aqui e acesse a última edição do Boletim Farmacoterapêutica) 

Como full member da ISDB, o boletim Farmacoterapêutica, representado por seu editor-chefe, terá voz e voto nas assembleias da organização, dividindo mesa com representantes dos boletins BRATS, Worst Pills Best Pills, Pharma-Brief, La revue Prescrire, Therapeutics Initiative, DrugsTherapeutics Bulletin, Australian Prescriber, BIT, entre outros. A logo da sociedade passa a figurar na publicação. “É motivo de orgulho ter um representante do Boletim Farmacoterapêutica sentado lado a lado com os editores de algumas das mais importantes publicações técnico-científicas mundiais”, acrescenta Tarcísio Palhano, coordenador técnico-científico do Cebrim, que tem, em sua coordenação administrativa, o vice-presidente do CFF, Valmir de Santi. "A equipe está de parabéns pelo excelente trabalho e por representar tão bem, do ponto de vista técnico-científico, os farmacêuticos do Brasil", declara Walter da Silva Jorge João, presidente do CFF.

Publicado a cada três meses, o boletim Farmacoterapêutica é direcionado aos trabalhadores da saúde e aborda temas relacionados ao uso racional de medicamentos. Inclui artigos sobre políticas públicas, tratamentos de condições clínicas específicas, práticas farmacêuticas, farmacovigilância e traduções de documentos e artigos. A proposta é oferecer conteúdos de excelente qualidade técnica, com imparcialidade e independência, conforme recomendações da ISDB. Para isso, a publicação adota o procedimento da revisão por pares e todos os autores, membros do Conselho Editorial, e editores de revisão são consultados e declaram isenção de conflito de interesses.

A publicação de boletins sobre medicamentos é uma das estratégias recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para produzir e disseminar informações independentes sobre medicamentos. Em 2012, o boletim Farmacoterapêutica foi reestruturado e passou a ter como referencial as recomendações da ISDB e da própria OMS. Os requisitos para tornar-se membro da organização são a independência editorial e financeira, e a qualidade da informação publicada. Para aprovar o credenciamento da publicação, a ISDB examinou o processo das suas cinco últimas edições.

O objetivo geral da ISDB é encorajar e apoiar o desenvolvimento de boletins independentes sobre medicamentos em todos os países e facilitar a cooperação entre eles. Entre outras, são prioridades da organização: estimular a produção de novos boletins independentes sobre medicamentos e auxiliar os já existentes a alcançar os mais elevados padrões profissionais; encorajar uma comunicação mais efetiva entre profissionais da saúde e consumidores; e realizar campanhas para que as autoridades reguladoras sirvam primeiro e principalmente à saúde pública e por uma OMS independente do financiamento da indústria farmacêutica. Para saber mais sobre a organização acesse www.isdbweb.org.

Fonte: Conselho Federal de Farmácia