A denúncia de um consumidor que, no lugar de um comprimido contra dor de cabeça encontrou um parafuso, levou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a suspender ontem o lote 1998101, com validade até novembro de 2015, do medicamento Paracetamol de 500mg, produzido pelo Laboratório Teuto Brasileiro.
O objeto estranho, segundo a denúncia, estava no blister (embalagem de plástico) do produto, cujo lote teria sido distribuído nos estados de Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia.
De acordo com a Anvisa, o Procon notificou o laboratório, que já iniciou o recolhimento voluntário do lote. De acordo com a bula, o paracetamol é indicado para redução de febre e alívio temporário de dores leves a moderadas. O Laboratório Teuto informou já ter iniciado o recolhimento do produto.
Segundo a empresa, quem tiver embalagens do lote suspenso pela agência reguladora deve entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor no telefone 0800 62 1800, número pelo qual também poderá obter mais informações sobre o processo.
Após a suspensão, a agência irá investigar as queixas técnicas e avaliar eventuais penalidades a serem aplicadas à empresa. As punições variam de advertência a cancelamento da autorização de funcionamento da empresa ou do registro do produto. Estão previstas ainda a aplicação de multas que variam de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão.
Na edição de ontem do Diário Oficial da União a Anvisa suspendeu ainda o lote 1048105, com validade até junho de 2015, do Cetoconazol 200mg, em comprimidos, também produzido pelo Laboratório Teuto Brasileiro, e indicado para tratamento de infecções causadas por fungos ou leveduras.
A suspensão ocorreu após queixa de um consumidor ao SAC do laboratório. Na denúncia, o usuário informou que, ao abrir a embalagem, constatou a presença de blister de outro produto, o Atenolol 100mg. Com a denúncia, o laboratório iniciou o recolhimento voluntário do lote, que, segundo o fabricante, foi distribuído em Goiás, Amazonas, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo.
Fonte: O Globo