Para esse segundo domingo de maio, entrevistamos uma pessoa que é tão mãe quanto farmacêutica. Francilene Amaral da Silva é farmacêutica há 19 anos e mãe há 6. Professora do Curso de Farmácia da Universidade Federal de Sergipe e mãe de Davi (6 anos), Maria Clara (3 anos) e Artur (10 meses).
Ascom CRF/SE - Como é ser mãe e farmacêutica e conseguir conciliar as duas tarefas?
Francilene - Bem, na realidade a profissão veio antes, já que só fui mãe em 2007 do meu primeiro filho Davi. Como docente da Universidade Federal de Sergipe exerço o ofício de ensinar as Ciências Farmacêuticas, sendo grande a responsabilidade visto que sem perceber podemos influenciar as ações/atitudes dos futuros farmacêuticos. Quanto a dupla jornada, se dissesse que é fácil certamente estaria mentindo, mas creio que o segredo para tentar conciliar é imprimir amor em nossas ações. Amor no cuidado aos filhos e amor aos meus alunos, este amor faz com que eu tente sempre pensar antes de agir, este amor, que é amor-cuidado tem direcionado a organização de meu tempo, para que possa estar presente como mãe e como farmacêutica sempre que solicitada.
Ontem li em uma mensagem de nosso Presidente do CFF, Dr. Walter Jorge João que "mãe-farmacêutica tem dupla jornada mas uma só missão: cuidar da vida..." Creio que ele foi muito feliz e resumiu exatamente como eu e outras mães-farmacêuticas nos sentimos.
A - Qual a maior dificuldade e a maior recompensa em cumprir esses dois papéis?
F - A maior dificuldade é que, como somos humanas, fatalmente haverá momentos em que não conseguiremos cumprir bem um dos papéis, se um filho adoecer de maneira grave certamente meu trabalho não será priorizado naquele momento; ou se por ventura eu tiver que viajar a trabalho talvez tenha que privar meus filhos da minha companhia.
Em contrapartida sinto-me recompensada todas às vezes em que vejo um ex-aluno progredir profissionalmente, ou lembrar de mim, ou uma palavra de carinho me for expressa... Adicionalmente ver meus filhos crescerem e se tornarem indivíduos bons, respeitosos, éticos, acima de tudo felizes... Não há recompensa e alívio maior.
A - Que mensagem você deixa para as mamães sergipanas, e em especial aquelas que, como você, são farmacêuticas?
F - Desejo um feliz e abençoado dia das Mães! Que o Senhor as abençoe e igualmente abençoe seus filhos e a nossa profissão. Que o amor seja sempre o guia de nossas ações. Amor aos nossos filhos e amor aos nossos pacientes e a profissão que abraçamos!