O Conselho Regional de Farmácia (CRF/SE) participa da 10ª Jornada Farmacêutica da Universidade Tiradentes (Unit). O evento acontece de 16 a 18 de maio com objetivo de discutir a transformação social através da ciência e da tecnologia farmacêutica.
A abertura do evento foi realizada na manhã desta quarta-feira, 16, no auditório Padre Arnóbio com a participação do diretor tesoureiro Francisco de Assis Aragão. No período da tarde uma mesa redonda discutiu a importância da assistência farmacêutica e a recente aprovação da venda de medicamentos em supermercados.
Durante a mesa redonda o CRF/SE se posicionou contra a aprovação do Senado referente à venda de medicamentos em supermercados. "O Código de Defesa do Consumidor diz que é obrigatório fornecer informações sobre o produto comprado. Como será feito este atendimento ao paciente sem a presença do farmacêutico?", questiona o vice presidente do CRF/SE, Adalberto Canuto. Por outro lado, enquanto no país se discute logística reversa de medicamentos, com aprovação da venda de medicamentos em supermercados estimula-se a automedicação, que contribuirá para maior volume de resíduos lançados no meio ambiente, bem como aumento no número de intoxicações, pois nenhum medicamento é isento de efeitos adversos.
Riscos
A farmacêutica Helena Ferreira, que trabalha na área da saúde, informa os principais os perigos ocasionados com a venda de medicamentos incorretos. "Estimular a automedicação é o principal problema que pode trazer riscos a população", afirma.
Outro problema apontado pela farmacêutica é a falta de assistência à população, pois sem o farmacêutico não é possível orientar o paciente com o uso correto de medicamentos.
A Vigilância Sanitária Municipal também se posicionou contrária a nova regulamentação, pois a legislação garante que a comercialização de medicamentos é privativa a drogaria, farmácias e distribuidoras. Sendo assim, supermercados não se inserem nesta legislação.
Projeto
O Plenário do Senado aprovou no dia 25 de abril o Projeto de Lei de conversão 7/2012, que autoriza a comercialização de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), em supermercados, armazéns, empórios e lojas de conveniência. Os farmacêuticos demonstraram otimismo e acreditam que o texto sobre venda de medicamentos receba o veto presidencial