O paracetamol injetável, amplamente utilizado em diversos países, ainda é raro no Brasil. Essa situação pode mudar com a introdução do primeiro tipo de medicamento em bolsas prontas para uso, lançado pela farmacêutica Halex Istar, localizada em Goiânia (GO). Esse medicamento oferece uma alternativa à dipirona, especialmente em casos de alergia, episódios de êmese (vômito) que impedem a ingestão de comprimidos, ou situações em que a administração retal não é viável.
Atualmente, o uso do paracetamol injetável está restrito a hospitais. Seu efeito analgésico começa aproximadamente 15 minutos após a administração, atingindo o pico em uma hora e durando entre quatro e seis horas. No momento, o paracetamol está disponível no mercado brasileiro apenas nas formas de xarope, gotas, comprimidos e supositórios.
O seu uso é restrito ao ambiente hospitalar. “A história do paracetamol injetável reflete a contínua evolução dos tratamentos médicos, proporcionando opções terapêuticas mais eficazes e convenientes para o benefício dos pacientes”, ressalta a farmacêutica Caroline Fagundes do Amaral Lenza, gerente coorporativa de qualidade e assuntos regulatórios da Halex Istar Indústria Farmacêutica, sediada, em Goiânia, responsável pela produção pioneira do medicamento.
O paracetamol, na forma injetável, foi registrado como Halexminophen®. O registro foi publicado pela Anvisa como medicamento novo (Nova Forma Farmacêutica), no País. É considerado um medicamento inovador pela sua forma farmacêutica, sendo incluso na lista de medicamentos de referências eleitos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), em 02 de setembro de 2022. O Halexminophen® é o único paracetamol injetável com fabricação nacional.
A revista PHARMACIA BRASILEIRA entrevistou Caroline Fagundes. Ela fala sobre o paracetamol injetável, da produção ao uso, sob os mais diversos pontos de abordagem.