Associação dos Deficientes Motores emite nota de apoio à presença de farmacêuticos em UBS´s


Após o episódio envolvendo a secretária de Saúde de Aracaju, Waneska Barboza, onde ela minimizou a necessidade do profissional farmacêutico nas Unidades Básicas de Saúde (UBS´s), uma grande rede de apoio à categoria se formou no Estado e em todo o País.

Nesta segunda-feira, 10, a Associação dos Deficientes Motores de Sergipe (ADM/SE) se solidarizou e emitiu uma nota de apoio aos farmacêuticos, que foi entregue pelas mãos do presidente da entidade, Antônio Fonseca, ao presidente do Conselho Regional de Farmácia de Sergipe (CRF/SE), Carlos Eduardo Oliveira.

“A importância do profissional da Farmácia é que o farmacêutico nos traz uma segurança maior, principalmente para a comunidade com deficiência. É um contato mais próximo, é um contato diário, isso transforma em um alguém de um ato familiar, porque o farmacêutico nos dá a segurança de como manter e proceder com a medicação. Esse é o fato maior para a nossa nota de apoio. O farmacêutico chega a fazer parte da família pelo laço diário que nós temos com ele”, pontuou Antônio Fonseca.

No documento, a associação elencou cinco pontos que explicam a necessidade do profissional farmacêutico para essas pessoas com deficiência. Foram eles:

1 – Acesso adequado à medicação: as Pessoas com Deficiência (PcD) muitas vezes dependem de medicações específicas para o tratamento de suas condições de saúde. O Profissional Farmacêutico desempenha um papel crucial no fornecimento desses medicamentos, garantindo o acesso adequado, a orientação correta sobre o uso e prevenção de interações medicamentosas indesejadas;

2 – Adaptação de medicamentos às necessidades individuais: a diversidade de deficiências implica em diferentes necessidades terapêuticas. O Profissional Farmacêutico possui o conhecimento técnico para adaptar medicamentos, quando posssível, às precisões individuais de cada Pessoa com Deficiência (PcD), levando em consideração aspectos como forma de administração, dosagem e potenciais efeitos colaterais;

3 – Orientação sobre cuidados farmacêuticos: a Comunidade com Deficiência muitas vezes enfrenta desafios no autocuidado e na adesão ao tratamento medicamentoso. O Farmacêutico pode desempenhar um papel fundamental ao oferecer orientações claras e acessíveis sobre o uso correto dos medicamentos, promovendo a compreensão e a autonomia dessas Pessoas em relação à sua saúde;

4 – Identificação de problemas relacionados a medicamentos: Pessoas com Deficiência podem estar mais suscetíveis a problemas relacionados ao uso de medicamentos, com interações, efeitos adversos e dificuldades de administração. O Farmacêutico presente em todas as unidades de saúde, está apto a identificar e intervir nesses problemas, minimizando riscos e promovendo a segurança farmacoterapêutica.

5 – Promoção da saúde e prevenção de doenças: além do tratamento, é essencial que a Comunidade com Deficiência receba orientações e suporte para a promoção da saúde e a prevenção de doenças. O Farmacêutico pode fornecer informações sobre hábitos saudáveis, vacinação, prevenção de infecções e outras medidas preventivas específicas para essa população, contribuindo para uma melhor qualidade de vida.