Conselho reforça a importância do papel farmacêutico na Luta Contra as Hepatites Virais


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Hepatite é a inflamação do fígado ocasionada por diversos motivos, entre eles por vírus, uso de álcool, drogas e doenças autoimunes e genéticas. O papel do profissional farmacêutico é indispensável quando o assunto é orientação à doença, ao tratamento e aos efeitos colaterais. Neste Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, 28, a farmacêutica clínica do Hospital Universitário (HU-UFS), Grace Anne Azevedo Dória, destaca que a doença tem prevenção.

Existem diversos tipos e as principais hepatites virais são: A, B, C, D e E. No Brasil, as hepatites mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), somente cerca de 22% das pessoas infectadas cronicamente por hepatite C foram diagnosticadas. “Algumas pessoas podem não apresentar sintomas, por isso, é importante fazer os exames de rotina que detectam a hepatite”, afirma Grace Anne.

Entre os sintomas, a farmacêutica informa que mais comuns são amarelamento dos olhos, dor abdominal e pele amarelada. E que nos casos crônicos, pode ocorrer insuficiência hepática, câncer ou o surgimento de feridas.

Além da orientação, o farmacêutico deve acompanhar os pacientes durante o tratamento e reforçar a sua adesão. “Avaliar as interações medicamentosas e quando possível fazer a solicitação de exames para o acompanhamento farmacoterapêutico”, acrescenta a farmacêutica Grace Anne.

“Através da consulta farmacêutica é possível fazer a anamnese farmacêutica do pacientes e realizar toda a orientação quanto ao tratamento. Assim é capaz de fazer ajuste de medicamento junto aos prescritores de tratamentos de uso concomitante aos da hepatite C”, explica a profissional.



Prevenção

A Organização Pan-Americana da Saúde (PAHO) estima que no Brasil 2,3 milhões de pessoas tenham algum tipo de hepatite e em torno de 1,5 milhão são portadores do tipo C, o qual ainda não há vacina e é o mais grave.

Já para a hepatite B existe vacina, então é considerada a melhor prevenção. “No entanto, de forma geral, a prevenção ocorre com o não compartilhamentos de matérias perfurocortantes como alicate de unha, lâminas de barbear, seringas e uso de preservativos nas relações sexuais. Além do uso de materiais descartáveis ou esterilizados ao fazer tatuagens e procedimentos”, detalha Grace.


A vacina contra o tipo B está disponível na rede pública e sua imunização ocorre em três doses. Qualquer pessoa pode ser vacinada contra a Hepatite B. Na rede privada, pode-se tomar a vacina combinada contra as hepatites A e B.

“Em Sergipe, o serviço de testes rápidos para as Hepatites B e C podem ser realizados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), como também no HU-UFS”, conclui a farmacêutica.