Uma farmácia sem os documentos mínimos exigidos para o funcionamento de um estabelecimento comercial, sem condições sanitárias e estruturais, sem controle de temperatura e suja foi o que os profissionais do Conselho Regional de Farmácia de Sergipe (CRF/SE) e da Vigilância de Aracaju encontraram na manhã desta segunda-feira, 26, no bairro Santa Maria. O local foi interditado e todo medicamento contabilizado e lacrado.
Além da falta de qualquer documento e péssimas condições estruturais, a farmácia clandestina funcionava sem registro no Conselho de Classe, sem a assistência técnica de um profissional farmacêutico e dispunha nas prateleiras diversos medicamentos vencidos, entre eles anti-hipertensivo e antibióticos. “Também encontramos produtos proibidos de comercialização em drogarias e fracionamento de medicamentos”, acrescenta a farmacêutica fiscal, Marcele Magalhães.
A quantidade de irregularidades deste estabelecimento preocupa o Conselho, mas também confirma que o trabalho de fiscalização dos farmacêuticos fiscais visa a qualidade de assistência farmacêutica. “Enquanto estávamos na farmácia fazendo nosso trabalho, entraram alguns clientes. O local é um risco enorme para a população, além de insalubre, comercializando remédios vencidos e sem acondicionamento específico. Precisamos alertar a sociedade, pois um estabelecimento como este é diferente dos demais que autuamos. Ele não tem condições de ser reaberto, pois coloca em risco a saúde do cliente”, explica a farmacêutica fiscal.
Marcele Magalhães conta que o local foi descoberto em sua fiscalização de rotina, onde na visita foi identificada que era clandestina. “Neste caso não pudemos autuá-los já que nem CNPJ o local tinha. Entramos em contato com a Vigilância Sanitária e foi confirmado a inexistência do comércio. Nesta manhã, fizemos a ação conjunta e encontramos as demais irregularidades”, enfatiza.
O presidente do CRF/SE, Marcos Rios, faz questão de ressaltar a importância do trabalho de fiscalização e todo a ação que a equipe vem conduzindo com a parceria das Vigilâncias Sanitárias de cada município. “O CRF continua trabalhando para garantir a empregabilidade e a assistência de qualidade a população. Uma farmácia clandestina só é descoberta num trabalho de formiguinha como vem sendo feito”, diz.