Gestão atenua as contas do CRF/SE em 2020, mesmo com os impactos na arrecadação


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Que o ano de 2020 foi um ano difícil para todos, isso esteve em todos os noticiários. Muitos desempregos, comércio fechado e alta taxa de inadimplência. Para o Conselho Regional de Farmácia de Sergipe (CRF/SE) não foi diferente, mas os esforços da gestão atenuaram o déficit anual. 


O presidente do CRF/SE, Marcos Rios, explica que a necessidade de equilibrar as contas ocorreu pelo achatamento na receita, provocado por todo o contexto da pandemia. “Diante do impacto orçamentário foram necessárias algumas decisões administrativas, que não seriam tomadas com a garantia das verbas de subvenção", diz ele, acrescentando que uma das preocupações de sua administração é tomar decisões que a médio e longo prazo repercutam positivamente na gestão do Conselho e na confiança dos farmacêuticos. 


Mesmo com uma diminuição significativa na arrecadação do CRF/SE, e gastos extraordinários, a exemplo de obras de reparo, demissão de funcionários e contratação de concursados, foi possível atenuar os gastos graças a diminuição de outras despesas. “A estrutura de pessoas e oferecimento de serviços avançou bastante nos últimos anos, graças a implementação de novos processos e apoio operacional, mas tudo isso tem um custo. Estes custos são previstos anualmente, mas acontecem situações inusitadas e extraordinárias, como no caso da pandemia que afetou a receita. Mesmo assim são necessárias algumas decisões. As decisões devem ser tomadas considerando o risco no momento em que se está vivendo. E isso tem sido feito. Com responsabilidade financeira, mas ciente da necessidade da tomada de decisão. O acompanhamento destas decisões podem ser vistas quase que em tempo real no Portal da Transparência", conclui Marcos Rios.


Para a contadora do CRF/SE, Neide Souza, os dados revelam a continuidade dos efeitos da crise da Covid-19 sobre as contas, além de reunião de alguns motivos. “No ano de 2020 houve uma diminuição na receita em torno de 9,24% em comparação ao ano anterior. Além da pandemia ter prejudicado a arrecadação, já que precisaram prorrogar os prazos de pagamento da anuidade e não houve o cumprimento, por exemplo”, contabiliza.


A diretora financeira do CRF/SE, Larissa Carvalho, lembra que o ano de 2020 foi um ano atípico e toda a estrutura de trabalho foi remodelada, ampliando o atendimento online para que os serviços não parassem e a arrecadação fosse afetada o mínimo possível. “A preocupação da diretoria sempre foi pelo equilíbrio das contas para que tenhamos um superávit orçamentário, tanto que cortamos em 50% as viagens nos dois primeiros anos de nossa gestão, além de outros gastos. No ano de 2020 também teve uma redução de passagens aéreas, diárias e jetons. Vamos continuar trabalhando para cortar mais e aumentar a arrecadação, mas é bom ressaltar que foi um ano de maior restrição orçamentária e desemprego, o que também diminui a procura por nossos serviços e multas”, diz.


Saldo bancário positivo

É importante destacar que o CRF/SE possui saldo positivo em suas contas, graças ao fluxo de entrada de recebíveis e verbas aprovisionadas, oriundas de subvenção do Conselho Federal de Farmácia (CFF). Contudo, a diretoria do CRF/SE mantém a cautela sobre as verbas recebidas como subvenção do CFF. 


Marcos Rios explica que a verba que se contabiliza para gerir o CRF/SE são as de arrecadação própria, resguardando 25% da cota parte do CFF.” A verba de subvenção serve para atenuar alguns gastos com o processo fiscalizatório, mas prudentemente, a diretoria não incorpora na receita até a aprovação das contas no CFF. Ou seja, reconhecemos o dispêndio que será amortizado com a verba aprovada, o que dará uma boa margem para manutenção dos processos administrativos e fiscalizatórios. As contas  serão aprovadas, pois foram seguidas todas as exigências. E tão logo disponíveis, incorporamos na conta de movimentação financeira, conclui.

 

Ações de recuperação de recebíveis

Para reequilibrar as contas e manter a balança favorável, a diretoria do CRF-SE implementou um setor de cobrança de recebíveis com a cobrança ativa dos débitos. Desde o mês de agosto de 2020, a instituição vem fazendo cobranças de dívidas ativas, seja na esfera administrativa e/ou judicial. Para isso, firmou convênios com cartórios e está em tramitação o acordo com o Serviço de Proteção de Crédito (SPC), a fim de garantir o recebimento dos créditos.