DIABETES: PROFISSIONAIS FARMACÊUTICOS TAMBÉM FAZEM A DIFERENÇA

Dia Mundial da Diabetes é celebrado para conscientizar sobre os problemas associados à doença


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O papel do profissional farmacêutico na prevenção e cuidado com pacientes acometidos com diabetes é fundamental. Para falar sobre a diabetes nesse contexto, a Assessoria de Comunicação do Conselho Regional de Farmácia de Sergipe (CRF/SE) conversou com o farmacêutico bioquímico, Lysandro Borges.


Segundo Lysandro, o profissional farmacêutico pode ser a peça chave entre um bom e o mal controle da doença. “A diabetes por si só não leva ao óbito, mas a descompensação da doença sim. Para isso, a conciliação medicamentosa, o cuidado farmacêutico, a educação em diabetes são fundamentais para a qualidade de vida do paciente com diabetes”, alerta o farmacêutico.


Os principais sintomas da doença são fome e sede excessivas, como também a poliúria, sintoma caracterizado pela produção de urina em grande quantidade. Além da considerável perda ou ganho de peso sem motivações. Entre os riscos estão problemas renais, cardíacos, oculares e vasculares.


Diagnóstico


Diabetes mellitus é uma doença do metabolismo que se caracteriza pelo excesso de glicose no sangue. A dosagem do nível da glicemia deve ser feita em laboratório de análises clínicas,  de preferência no soro, com a medida abaixo ou igual 99 mg/dL na dosagem feita em jejum, o resultado é considerado normal. Contudo, quando o resultado está acima de  100mg/dL até 125 mg/dL, significa que  o paciente tem um sinal de alerta metabólico e pode ter pré-diabetes. “Esse estado que indica o risco potencial de diabetes pode regredir caso haja mudanças no estilo de vida do paciente, ou evolua caso não ocorram as transformações”, completa o farmacêutico.


Os diferentes tipos de diabetes


No Brasil, mais de 14 milhões de pessoas possuem diabetes, a grande maioria dos casos está dividida entre dois grupos: Diabetes Tipo 1 e Tipo 2. “Diabetes tipo 1 é uma doença auto-imune onde há uma perda total na capacidade do pâncreas em produzir insulina, sendo a insulina injetável ou inalavel o único tratamento”, diz  Borges. Vale ressaltar que a descoberta desse tipo costuma ser na infância e adolescência, não havendo prevenção, uma vez que as causas são autoimunes. 


Já a diabetes tipo 2 há uma resistência à insulina nos tecidos. Este grupo acomete a maior parte dos pacientes com a doença e prevalece na fase adulta ou meia idade. “A obesidade é uma das maiores causas do desenvolvimento nesse tipo, neste caso o tratamento se baseia em antidiabéticos orais e/ou insulina”, explica. Lysandro acrescenta ainda que existe a diabetes gestacional e outros tipos variados de diabetes, porém raros. 


Sobre a prevenção do tipo 2, o farmacêutico afirma que fazer dieta, ter alimentação saudável, praticar exercícios físicos e manter os cuidados com a saúde, podem retardar ou até prevenir a doença.


Cuidado com a saúde


Para o farmacêutico, seja durante o tratamento medicamentoso ou não, a atuação farmacêutica é plena. “Os profissionais devem orientar, educar, aconselhar e reconciliar”, diz.


Lysandro também reforça que para cuidar da diabetes existem 5 pilares, são eles: a realização de uma dieta saudável, a prática de atividades físicas, o uso dos medicamentos corretamente, educação em diabetes (entendendo melhor sua condição), e também monitorar as taxas de glicemia, para melhor controle.