A Covid-19 deixa um legado importante para a categoria, visto que muitos enxergaram com evidência a atuação dos farmacêuticos neste momento. Desde o começo da pandemia, o Conselho Regional de Farmácia de Sergipe (CRF/SE) tem realizado diversas ações em prol da regulamentação, orientação e saúde da categoria. A partir desse contexto, a diretora-tesoureira do CRF/SE, Larissa Carvalho, participou de uma transmissão ao vivo com Danielle Santana, supervisora pedagógica da Farmácia Universitária da Universidade Federal de Sergipe (UFS), nesta quinta-feira, 11.
Na discussão foram apresentadas as atividades realizadas pelo Conselho há cerca de seis meses frente à Covid-19, o que abrange as medidas internas e externas. “Nós nos articulamos muito rápido em relação ao surgimento da pandemia, o farmacêutico não parou, cumprindo um papel de orientação e suprimento de medicamentos, e o CRF/SE continuou representando e orientando os colegas”, afirma Larissa.
Para Danielle Santana apresentar as funções do CRF/SE e mostrar seu desenvolvimento durante a pandemia para estudantes de Farmácia e colegas profissionais é extremamente significativo. “Algumas pessoas fazem questionamentos sobre qual o propósito de investir no Conselho, e elucidar o que tem sido feito é oportuno e necessário”, diz.
Como parte das atividades essenciais, a realização dos papéis básicos da entidade foram mantidos de maneira remota. De acordo com a diretora, a atual gestão também assumiu um compromisso técnico com o intuito de centralizar informações verdadeiras e baseadas em evidências para divulgar à categoria e sociedade. “As instituições sanitárias, como a OMS, Anvisa, CFF, bem como o CIM-UFS-Lag foram muito ágeis na produção de conteúdos orientativos, o que nos possibilitou compilar esses materiais e divulgá-los, a exemplo das notas técnicas e de recomendação, boletins e cards informativos, bem como a proposta de lei que não foi sancionada, da Nota Conjunta com o Sindifarma-SE e Sicofase”, exemplifica.
Fiscalizações orientativas
O Conselho exerce a regulamentação da profissão, atividades fiscalizatórias e técnicas, e na oportunidade as fiscalizações foram citadas por ter consequência imediata em seu funcionamento, que passou a ser de caráter orientativo. Com a finalidade de levar informações, ouvir demandas e saber sob quais condições os profissionais estavam trabalhando.
Essa mudança, com maior foco em orientar e regulamentar, teve início em 24 de março e contou com o acompanhamento da vice-presidente do Sindifarma-SE, Daniela Ferreira, em grande parte das ações. Após seis meses foram realizadas cerca de 350 fiscalizações em farmácias comunitárias, hospitais, laboratórios e unidades básicas de Aracaju, da Grande Aracaju e municípios do interior.
A diretora-tesoureira afirma que mesmo com a emissão da Resolução n° 689 do CFF, que possibilitou o retorno dos processos a partir de setembro, esse caráter orientativo continuará fazendo parte das fiscalizações. E relembra que durante as atividades fiscalizatórias onde houveram profissionais vulneráveis em serviço foram fornecidos os kits, de acordo com a Resolução n°684 do CFF.
Trabalho conjunto
“Durante a pandemia as ações do CRF/SE têm se baseado em estabelecer e/ou manter relações com diversas entidades da área”, conta a diretora. Ao mencionar a realização dos 50 testes rápidos junto ao Laboratório de Bioquímica Clínica (Labic) da UFS para a pesquisa de monitoramento de casos da doença em Sergipe.
Dentre as diversas ações com a sociedade houveram os envios de ofícios para Vigilâncias Sanitárias Municipais e Estadual, Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju e Secretaria de Estado da Saúde (SES), emissão de notas de parabenização aos técnicos de farmácia e aos de análises clínicas, visando o reconhecimento e representação pelo serviço essencial na linha de frente no combate à Covid-19.
Nesse contexto, a criação do Grupo de trabalho (GT) de enfrentamento a Covid-19 e o GT de Integração Farmacêutica e Sociedade - IFS também são exemplos práticos. O que gerou diversos materiais, inclusive a série de vídeos produzidos pelo Prof. Lysandro Borges, membro do GT-IFS-CRF/SE, com conteúdos científicos.
Larissa explica também que as movimentações do Conselho se baseiam na garantia da saúde de toda equipe. “O nosso propósito sempre foi garantir a saúde não só dos farmacêuticos como dos demais colaboradores das farmácias comunitárias. O que resultou na petição que fizemos em conjunto com o Sindifarma-SE ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e foi muito eficaz”, diz.
A luta continua
Novas atividades do CRF/SE foram citadas na discussão, como o Termo de Cooperação com a Gerência de Medicamentos da Vigilância Sanitária da SES e a elaboração de capacitação dos farmacêuticos e dos estabelecimentos para orientações quanto ao uso do autoteste para HIV junta a Vigilância Epidemiológica.
Nos próximos dias serão divulgadas mais movimentações realizadas pela instituição. A transmissão realizada através do instagram da Farmácia Universitária da UFS está disponível neste link.