HUSE SE DESTACA POR EXPERIÊNCIA POSITIVA NA PROMOÇÃO DO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS


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Apesar de estarem lidando constantemente com medicamentos, os profissionais de saúde também têm dúvidas sobre alguns aspectos do seu uso. São questões como diluição, estabilidade, efeitos colaterais, interações sobre medicamentos ou até mesmo formas de administração daquele produto. É justamente por conta dessa demanda que surge a necessidade da implantação de Serviços de Informações sobre Medicamentos (SIM) em estabelecimentos de saúde, com o objetivo de tirar as dúvidas dos profissionais sobre as questões relativas ao uso dessas substâncias. Em Sergipe, uma experiência que se destaca é observada no Hospital de Urgência do Estado de Sergipe (HUSE), onde funciona um SIM desde o ano de 2011.

O projeto, pioneiro no estado, foi idealizado por profissionais farmacêuticas do estabelecimento, entre elas Keila Xavier Alencar Alves, que conta que os desafios para a implantação foram grandes. “Começamos a montar o projeto em 2011 e, no decorrer do tempo, por ser um hospital público, nós tivemos alguns problemas em relação à estrutura e à oficialização do serviço”, explica Keila. Ela explica ainda que, por ser um hospital de grande porte, foi necessário um investimento financeiro considerável para o começo da prestação do serviço. O tamanho do hospital também dificulta na divulgação das ações do SIM, como esclarece a profissional: “Muitas pessoas do próprio hospital não conhecem o serviço ainda, então a gente divulga, tenta fazer mini-capacitações nas alas, nas enfermarias, mas o hospital é muito grande e tem muita rotatividade”.

Apesar disso, Keila destaca que o serviço tem dado certo e que as expectativas para o futuro são boas. “A gente espera que o SIM cresça, que apareçam mais demandas, que apareçam mais dúvidas, que a gente consiga fazer mais palestras, mais capacitações, porque o intuito final é promover o uso racional de medicamentos e fazer com que os profissionais de saúde administrem o medicamento de forma correta e adequada”.

SIM x CIM: Qual é a diferença?

Uma outra experiência no estado é a do Centro de Informações de Medicamentos (CIM) que funciona na Universidade Federal de Sergipe em Lagarto, o CIMUFSLag. Por terem nomes semelhantes, os SIMs e os CIMs são confundidos constantemente, mas os seus objetivos e formas de funcionamento são diferentes. A distinção é justamente o público alvo: enquanto o Centro é mais amplo e atende à população como um todo, o Serviço geralmente é mais restrito e é destinado aos profissionais de um estabelecimento, como é o caso do HUSE aqui no estado. “O serviço de informações de medicamentos responde as dúvidas dos profissionais da saúde. A gente não entra em contato diretamente com a população para sanar dúvidas”, explica Keila.

Na prática, a farmacêutica salienta que o SIM também acaba atingindo os pacientes internados no hospital e/ou seus familiares que tiverem dúvidas sobre medicamentos. Por conta disso, ela não descarta a possibilidade da ampliação do serviço de um SIM para um CIM. “Por enquanto atendemos prioritariamente profissionais, mas quem sabe um dia passaremos a atender à população”, sugere.

Apesar dessas limitações, Keila reforça os benefícios que a implantação do SIM no HUSE trouxe não apenas para o hospital, mas também para ela enquanto profissional. “O aprendizado, em todos os sentidos, foi, para mim, o maior benefício”, conta. “O que a gente faz aqui envolve muito amor e boa vontade”, finaliza.