FÓRUM DE DEBATE TEM COMO OBJETIVO DISCUTIR A ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA EM FARMÁCIA COMUNITÁRIA

Evento é uma parceria entre o CRF/SE, o Sindifarma-SE e o Sicofase


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Na tarde desta terça-feira, 28 de maio, foi realizado o 1º Fórum de Debate “Assistência Farmacêutica em Farmácia Comunitária”, que contou com a presença de farmacêuticos, donos de farmácias e estudantes. A promoção do evento é uma parceria entre o Conselho Regional de Farmácia de Sergipe (CRF/SE), o Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de Sergipe (Sindifarma-SE) e o Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos (Sicofase) e teve como objetivo discutir a assistência farmacêutica nas farmácias comunitárias de Sergipe.

Para o presidente do CRF/SE, Marcos Rios, a realização do fórum é um passo importante para o desenvolvimento e consolidação da profissão farmacêutica e para prestar um melhor serviço para a população. Rios acrescenta ainda a necessidade de reforçar a importância de cada instituição nesse processo. “Cabe ao Conselho buscar a garantia da assistência farmacêutica por um profissional devidamente habilitado, ao Sindicato dos Farmacêuticos garantir os direitos trabalhistas e ocupacionais desses profissionais e ao Sindicato do Comércio garantir os interesses econômicos e empresariais dos seus associados”, explica.

Dalmare Anderson Bezerra de Oliveira Sá, presidente do Sindifarma-SE, também destaca a importância de pensar as atribuições de cada entidade e pensar em formas de atender de maneira integrada os interesses de cada uma delas e também da sociedade. “Queremos conseguir uma expansão do mercado farmacêutico, pois isso gera empregabilidade e é importante que esse mercado se sustente. Mas, queremos também que esse ciclo se dê baseado nas responsabilidades legais fiscalizadas pelo Conselho e na legislação trabalhista”, comenta.

Já Alex Garcez, presidente do Sicofase, chama a atenção para o fato de que essa é uma iniciativa pretendida há algum tempo. “É de grande importância, porque é o primeiro passo para uma construção que já vem de longos anos”, explica. “Queremos unir as entidades em um propósito só: melhorar a capacitação técnica dos profissionais farmacêuticos e melhorar, consequentemente, todo o atendimento dentro da farmácia”, finaliza.

A importância da fiscalização

Uma das palestras da tarde teve como objetivo trazer aspectos sobre o processo da fiscalização. Para isso, foi convidado Paulo Tamashiro, vice-presidente do Conselho Regional de Farmácia de Roraima (CRF/RR) e membro da Comissão de Fiscalização (Cofisc) do Conselho Federal de Farmácia (CFF). Como explica Paulo, “a ideia foi dar uma noção geral sobre a fiscalização em si, focando principalmente nos proprietários e profissionais que às vezes não têm tanta noção das questões ligadas a esse processo”.

A fiscalização é a atividade fim dos Conselhos de Farmácia e é extremamente importante para os profissionais e para a sociedade. Ela é baseada em legislações específicas e cabe à Diretoria de cada Conselho Regional viabilizá-la nos estados. Desse modo, a gestão do Conselho deve agir de acordo com essas legislações, como explica Tamashiro: “A Diretoria segue regras que devem ser obedecidas e ela é penalizada se a fiscalização não for realizada da maneira correta”.

No entanto, o farmacêutico explica ainda que cabe às instituições fiscalizadoras desmistificar a palavra. “Precisamos dar transparência à questão da fiscalização e minimizar esse aspecto pejorativo que o nome fiscalização tem. A fiscalização é boa pra todo mundo. Boa pro farmacêutico e boa pro comércio”, finaliza.

Outra palestra realizada durante a tarde foi 'A importância de inovar no setor farmacêutico' ministrada pelo economista Rodrigo Rocha. Durante a sua fala, Rodrigo trouxe aspectos do comércio varejista de Farmácia e reforçou a importância da busca de atualização para conseguir desenvolver melhor o seu negócio. “Muitos empresários às vezes ficam na rotina e têm dificuldade de mudar, de inovar, de buscar novas possibilidades”, explica. “Assim, esses fóruns são importantes para ter contato com outras pessoas, ouvir palestras e ouvir pessoas que podem ajudar a ter uma nova visão para problemas antigos no mercado”, finaliza.

Essa necessidade foi notada também pelos donos de farmácias presentes no evento. É o caso, por exemplo, de João Reis, proprietário da Farmácia Reis, que conta: “A gente não pode estar sozinho e o conhecimento a gente busca fora. Dentro da Farmácia, o conhecimento é muito pequeno e limitado, então vindo aqui a gente busca ensinamentos que podemos levar para os nossos estabelecimentos”.

Os profissionais que trabalham em farmácias comunitárias também destacam esse mesmo aspecto. Carolina Rezende Rocha é farmacêutica comunitária e destaca que buscou participar do evento para melhorar a sua atuação profissional. “O que me trouxe aqui é sempre procurar melhorias para esse serviço que é tão lindo e amplo, mas que a sociedade ainda não conhece por completo”, explica a farmacêutica. Já Daniele Bonfim Figueiredo, que também atua em farmácia comunitária, acrescenta que se sente satisfeita por participar do fórum. “Muito bom ter esse tipo de evento para o profissional se atualizar e observar como está a situação atual do mercado e as suas perspectivas”, afirma.